• 1. Menino e o mar

    Eduardo Galeano, Livro dos Abraços

  • 2. Corpo sem órgãos

    Ian Buchanan, “What a body can do?”

  • 3. O que um corpo pode fazer?

    Spinoza, Ethics

  • 4. Questão de etologia

    Onde? Quem?

  • 5. Formas de apelo

    Stengers, Vierge et Neutrino

  • 6. Onto-etologia

    Primeiro vínculo com lugares
    Qual? Quem faz a ponte?

    Buchanan, Onto-Ethologies: Uexküll, Heidegger, Deleuze

  • Apelo

    Função da arte I
    Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
    Viajaram para o sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
    Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos.
    E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
    — Me ajuda a olhar!
    — Eduardo Galeano, em Livro dos Abraços

    • este é um apelo ao pai que involve o posicionamento de seus corpos em um determinado lugar
    • possíveis respostas ao menino incluem (i) uma versão estética, (ii) uma versão política, (iii) uma versão científica, e, entre outras tantas, (iv) uma versão filosófica
  • We know nothing…

    We know nothing about a body until we know what it can do, on other words, what its affects are, how they can or cannot enter into composition with other affects, with the affects of another body, either to destroy that body or to be destroyed by it, either to exchange actions and passions with it or to join with it in composing a more powerful body.
    — Deleuze & Guattari, Thousand Plateaus, 257

  • Substituir etiologia (aetiology), causa e efeito por etologia, ação e efeito:

    • para D&G, o corpo, assim como a mente, assim como o conhecimento, assim como a compreensão, é um problema filosófico
    • é um problema de um tipo muito particular: um corpo é a soma de suas capacidades
    • esta reconfiguração sugere outra maneira de perceber aquilo de que um corpo é capaz (e, ao mesmo tempo, aquilo que um corpo sem órgãos pode fazer [um não-corpo?]
    • Espinosa rejeita a dualidade cartesiana entre mente e corpo
    • paralelismo: ser capaz de comparar forças
    • o que acontece é um efeito, o que significa que está fora do nosso controle
    • não controlamos nosso involvimento com outros corpos
    • estes encontros podem produzir compostos ou levar à decomposição
    • Espinosa: não temos compreensão das verdadeiras causas, estamos condenados “a ter apenas idéias inadequadas”
    • ex. apetites: estória de Kafka ‘A Hunger Artist’ >> ‘não foi afetado pela comida’ >> ‘I couldn’t find the food I liked. If I had found it, believe me, I should have made no fuss and stuffed myself’ (Kafka, 1983: 277)
    • não somos livres para ‘comer’, já que existem relações entre nosso corpo e comidas que afetam uns e outros
    • relações estão separadas de seus termos e relações são eternas
    • isto é o que um corpo sem órgãos é: uma nova maneira de vir-a-ser
  • Primeiro vínculo com lugares:

    (…) The question ‘What can a body do?’ is the critical means of finding out what [people] are actually trying to do. The question works by staking out an area of what a body actually can do. This area is restricted by obvious physical constraints which must be respected. But this does not mean that there is no beyond, or that a beyond cannot be desired. And it is this beyond — beyond the physical limits of the physical body — that the concept of the body without organs articulates. What this means though, and this is a perfect example of the difference between aetiology and ethology as analytic hierarchies, is that the issue of what a body without organs is, is secondary to the problem of what a body can do. It is the body’s limits that define the BwO, not the other way around.
    — Buchanan, 1997, 79

  • Palavras chave?

    • ethos
    • ethics

    Qual a diferença entre etiologia e etologia? Para D&G:

    1. etologia involve uma mudança de direção: olhar para a frente (forwards)
    2. etologia sugere uma nova maneira de conceituar o corpo: olhar para fora (outwards)

    Priorização de relações e qualidades.

  • Afeto deve ser entendido/pensado como a capacidade que um corpo possui para formar/estabelecer relações específicas. No entanto, um corpo não possui afeto simplesmente, como ele possui atributos. Em vez disso, o que ele possui é uma multiplicidade de afetos que estão amplamente dispersos, e não são controlados pela mente de forma alguma.
    — Buchanan, 1997, 80

    • Perfeito acordo entre Espinoza e Hume: as relações são inseparáveis da capacidade de ser afetado (Deleuze, 1991, Empiricism & Subjectivity, 26)
    • As relações se tornam atuais quando afetam um corpo
    • Corpo saudável: possui uma multiplicidade de afetos e um correspondente complexo multitudinário de relações, de tal maneira que uma teoria dos afetos deve ser suportada por uma teoria das relações. (Buchanan, 1997, 80)
  • La Vierge et le Neutrino

    • 223ff: formas de apelo (evocar, invocar, convocar, provocar, revogar)
    • 14: repovoar a cena
    • 21: aprender a escutar
    • 27: fait voisiner
    • 266: arte dos químicos, que criam circumstancias para corpos «ativos»: catálise, ativação, composição, moderação: faire faire
    • [Simondon: modulação]
    • 267: arte da ativação + arte da heterogeneidade
    • 268!!: operador de ralentissement, desconfiando de nós mesmos, mas tornando todos «praticiens»: cosmopolitica como temor de um novo imperativo…
  • Uexküll

    • etologia dos afetos (no último capítulo)
  • [Olhar]

    • cosmopolitical events (Schillmeier) = o menino e o mar é um evento cosmopolítico?
    • filosofia processual
    • meso-análise (Stengers, entrevista com Massumi)
  • [Olhar]

    • composição
    • destruição (ver Debaise, “Living and its environments”)
    • comunicação aberrante (onde?)
    • os livros sobre teoria dos afetos…
  • [Olhar]

    • ver Penguin Complete Short Stories

    [Argumento]

    • se o menino não for afetado pela paisagem, pelo lugar, ele não se ‘banqueteia’ com o meio ambiente
    • portanto, seu apelo é fundamental
    • portanto, devemos lhe fornecer uma boa resposta
    • isto exige — esta é nossa tese — uma teoria sobre lugares, sobre o devir dos lugares
    • o menino (e, segundo nossa tese, todo mundo…) deve ter uma relação produtiva com os lugares em que vive, da mesma forma que possui uma relação produtiva com os alimentos
    • isto implica em uma nova maneira de ser, uma nova maneira de devir
  • [Argumento]

    • delimitar um lugar é uma forma de colocar uma questão axiológica: aquilo que está vivo vem antes do corpo sem órgãos, o espaço intensivo dos afetos vem antes do CsO…
  • Uma maneira de determinar aquilo que é o mesmo sobre os respectivos afetos: como todos os corpos são afetados.

    Duas questões: (a) o que são afetos e relações? e (b) como afetos e relações são articulados em sua especificidade?

    [Olhar]
    A questão das proposições de Serres, sugerida por Latour?

  • [Olhar]
    Para ilustrar este ponto, D&G utilizam o exemplo do piolho de Uexkull.

  • [Olhar]
    Seria possível um exemplo sobre como a poluição afeta um corpo? Ou como a poluição afeta um piolho?!

    [Argumento]
    Segundo Buchanan, todo o projeto do Deleuze ‘de pensar com o E [AND], em vez de pensar o É [IS], em vez de pensar para o É [for IS]’ está apoiado nas maneiras de radicalizar as teorias sobre relações que ele encontra em Hume.

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E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:\n> — Me ajuda a olhar!\n> — Eduardo Galeano, em _Livro dos Abraços_"},{"_id":"378a328bbf0d6373ac00001e","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":1,"parentId":"378a2ea9bf0d6373ac00001d","content":"`[Olhar]`\n\n* *cosmopolitical events* (Schillmeier) = o menino e o mar é um evento cosmopolítico?\n* filosofia processual\n* meso-análise (Stengers, entrevista com Massumi)"},{"_id":"37f45eef767dfb9c4e00002a","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":2,"parentId":"3789e8c6bf0d6373ac000010","content":"- este é um **apelo** ao pai que involve o posicionamento de seus corpos em um determinado lugar\n- possíveis respostas ao menino incluem (i) uma versão estética, (ii) uma versão política, (iii) uma versão científica, e, entre outras tantas, (iv) uma versão filosófica"},{"_id":"37f45f45767dfb9c4e00002b","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":1,"parentId":"37f45eef767dfb9c4e00002a","content":"`[Olhar]`\n1. exemplo estético: Michel Serres e o quadro de Turner\n1. exemplo político: mudanças climáticas?\n1. exemplo científico: questões de oceanografia, invasão de espécies estrangeiras\n"},{"_id":"3807333d2a93ebf6da000021","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":2,"parentId":"37f45eef767dfb9c4e00002a","content":"### Michel Serres\n- [Science and the case of Turner](http://quod.lib.umich.edu/j/jii/4750978.0004.201/--science-and-the-humanities-the-case-of-turner?rgn=main;view=fulltext)\n- [Serres and the logic of the parasite](http://www.academia.edu/736466/Michel_Serres_Science_translation_and_the_logic_of_the_parasite#)\n- JSTOR [the case of Turner](http://www.jstor.org/discover/10.2307/3684693?uid=2129&uid=2&uid=70&uid=4&sid=21102792403161)"},{"_id":"378a0323bf0d6373ac000014","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":4,"parentId":null,"content":"## 2. 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If I had found it, believe me, I should have made no fuss and stuffed myself' (Kafka, 1983: 277)\n- não somos livres para 'comer', já que existem *relações* entre nosso corpo e comidas que afetam uns e outros\n- relações estão separadas de seus termos e relações são eternas\n- isto é o que um corpo sem órgãos é: *uma nova maneira de vir-a-ser*"},{"_id":"37f44b8f767dfb9c4e000029","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":1,"parentId":"37f4352b767dfb9c4e000028","content":"`[Olhar]`\n- ver *Penguin Complete Short Stories*\n\n`[Argumento]`\n- se o menino não for afetado pela paisagem, pelo lugar, ele não se 'banqueteia' com o meio ambiente\n- portanto, seu *apelo* é fundamental\n- portanto, devemos lhe fornecer uma boa resposta\n- isto exige — ***esta é nossa tese*** — uma **teoria sobre lugares**, sobre o devir dos lugares\n- o menino (e, segundo nossa tese, todo mundo...) deve ter uma *relação produtiva com os lugares* em que vive, da mesma forma que possui uma relação produtiva com os alimentos\n- isto implica em uma *nova maneira de ser*, uma **nova maneira de devir**"},{"_id":"37f53251767dfb9c4e000030","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":2,"parentId":"378a01d6bf0d6373ac000013","content":"**Primeiro vínculo com lugares**:\n> (...) 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(Buchanan, 1997, 80)"},{"_id":"37f577f7767dfb9c4e000036","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":1,"parentId":"37f56bf2767dfb9c4e000035","content":"`[Olhar]`\nSeria possível um exemplo sobre como a *poluição* afeta um corpo? Ou como a *poluição afeta um piolho*?!\n\n`[Argumento]`\nSegundo Buchanan, todo o projeto do Deleuze 'de pensar *com o E* [*AND*], em vez de pensar o É [*IS*], em vez de pensar *para* o É [*for IS*]' está apoiado nas maneiras de radicalizar as teorias sobre relações que ele encontra em Hume."},{"_id":"3789ff07bf0d6373ac000011","treeId":"3789e77ebf0d6373ac00000d","seq":1,"position":4.75,"parentId":null,"content":"## 5. 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